DROGAS
- Daniele Botigelli
- 19 de jul. de 2015
- 2 min de leitura
Drogas e Dependência Química
As drogas são causadoras de diversos problemas de saúde e sociais, mas também estão presentes há mais tempo e com mais intensidade na nossa vida do que imaginamos.
Mas então, o que é droga? Por definição, segundo a Organização Mundial de Saúde, droga é qualquer substância, natural ou sintética, legalizada ou ilícita que, introduzida no organismo, modifica suas funções. Está conosco há milhares de anos e é utilizada de forma tóxica ou como remédio (antigamente as farmácias eram chamadas de drogarias, lembram-se? Até hoje algumas utilizam o radical ”droga” no nome).

Nesse espaço, falaremos sempre das drogas psicotrópicas, aquelas que modificam o humor, sensações, consciência e outras funções psicológicas ou comportamentais, e que podem também causar algum tipo de dependência.
Como as drogas atuam no nosso cérebro?
Tudo o que fazemos que gera algum tipo de prazer (comer, dormir, fazer sexo, etc.) ativa uma área específica do nosso cérebro chamada Sistema de Recompensa - essa área existe para que realizemos e para que tenhamos vontade de repetir tais comportamentos que nos são vitais – fazendo com que tenhamos vontade de repetir o evento prazeroso. As drogas entram nessa situação por justamente ativar de modo intenso tal área. Cada droga tem um potencial de dependência, e a intensidade dos efeitos variam de uma pessoa para outra mas, de um modo geral, o indivíduo iniciará o uso de uma substância e, se ele vier a gostar do efeito que obteve, haverá grande chance de repetir a experiência e usar novamente droga em questão. Conforme a frequência do uso, pode passar de uso esporádico para uso frequente, de forma que poderá progredir para a dependência química. Em outras palavras, quanto mais prejuízos por conta do uso, maior o grau de dependência do indivíduo.
Em que momento o simples uso ou abuso de drogas passa de uma diversão para a situação crítica de dependência?
Esclarecendo a diferença:
Uso: qualquer consumo de uma substância, mesmo que experimental.
Abuso: uso com problemas, uso nocivo. Já começam a aparecer algumas consequências (por exemplo, faltar ao trabalho por uso de álcool do dia anterior, briga com o parceiro encorajado pelo uso).
Dependência: uso compulsivo, com perda de controle, relacionado a diversas consequências biológicas, sociais e psicológicas. Há prejuízo de vínculos familiares e sociais e sintomas que caracterizam a condição de dependência. Sente-se falta fisicamente da substância, de modo que a falta dela também altera o humor.
“A dependência se caracteriza quando o uso afeta todo o resto da vida do sujeito. É alguma coisa que, se alguém observa de fora, não traz nada para o sujeito. Tanto a questão como o mistério aqui é efetivamente o sujeito ficar prisioneiro disso de uma maneira tal que nada mais importa.” Durval M. Nogueira Filho
Referências Bibliográficas:
Organização Mundial de Saúde: www.paho.org/bra/
Toxicomanias – Durval Mazzei Nogueira Filho
Álcool e suas consequências – Arthur Guerra de Andrade
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